Segundo denúncia, caso aconteceu no dia 25 de julho, em João Pessoa, enquanto menina era atendida pelo médico que não teve nome divulgado. Sede do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB)
Felipe Gesteira/Jornal da Paraíba/Arquivo
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) abriu, nesta quarta-feira (7), uma sindicância sobre o caso do médico pediatra suspeito de estuprar uma menina de 9 anos durante consulta, em João Pessoa. Segundo o presidente, Bruno Leandro, à TV Cabo Branco, o conselho recebeu uma denúncia formal, por meio do advogado da família da vítima.
Ainda conforme informações do presidente do CRM-PB, as sindicâncias normalmente demoram 90 dias em fase de apuração, mas, pela gravidade da denúncia, haverá uma celeridade.
“Dando amplo direito de defesa, a gente pretende de uma forma célere concluir até para que dê uma resposta a todos que tem interesse”, disse Bruno Leandro.
A denúncia
De acordo a Polícia Civil, a vítima estava em uma consulta de rotina com o médico no dia 25 de julho, quando a mãe flagrou a violência sexual. A investigação está em segredo de justiça e o nome do médico não foi divulgado.
Em entrevista à TV Cabo Branco, a mãe da vítima contou que estava com as duas filhas no consultório do médico. Ela afirma que transcrevia uma receita de remédios, enquanto o médico estava no outro lado do consultório brincando com a filha caçula dela no colo e, ao mesmo tempo, abusando da menina de 9 anos.
A mãe afirma que quando terminou de transcrever a receita, ela se levantou e se direcionou para a frente da maca e se deparou com o médico tocando as partes íntimas da criança. A mulher contou que retirou a filha do local, foi até a delegacia e registrou a denúncia.
“Eu tinha uma confiança absurda nele. Minha filha está com ele (sendo atendida) desde que nasceu praticamente. Ele já era médico da família do meu marido e eu divulgava para todas as mães. Eu dizia que só confiava nele”, afirmou a mãe.
O superintendente da Polícia Civil em João Pessoa, Cristiano Santana, explica que foram solicitados exames e começaram a colher os depoimentos de testemunhas. O depoimento do médico estava marcado para o dia 1 de julho, mas ele apresentou um atestado e será ouvido em uma nova data, ainda nesta semana. Segundo o delegado, o homem não responde por outros crimes.
“O objetivo também de aprofundarmos as investigações, além de robustecer a denúncia específica, é verificar se há outras vítimas. Caso existam outras vítimas desse profissional, que procurem a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância da capital, localizada no Centro”, afirmou Cristiano Santana.
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