Empresa clandestina de pescados é interditada por risco à saúde e trabalho irregular, na Grande João Pessoa


Detalhes divulgados nesta segunda (24) revelam que local, fechado na última sexta (21), operava em casa sem controle sanitário e explorava funcionários. Interdição foi um trabalho conjunto da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) e Ministério Público do Trabalho (MPT). Produtos eram vendidos em veículos sem refrigeração
Divulgação/Agevisa
Uma empresa clandestina de processamento de pescados foi interditada pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) em Bayeux, na Grande João Pessoa. A operação, realizada com o Ministério Público do Trabalho (MPT), aconteceu na sexta-feira (21), mas os detalhes foram divulgados apenas nesta segunda-feira (24).
O local, instalado em uma casa no Centro da cidade, funcionava sem licenças e em condições insalubres, com riscos à saúde pública.
De acordo com a Agevisa, a empresa manipulava os alimentos sem controle da água e do gelo usados no processamento. Os produtos foram lacrados em uma câmara fria e podem ser descartados, já que as práticas violavam normas nacionais de segurança. A interdição foi mantida de forma cautelar.
A ação partiu de uma denúncia recebida pelo MPT em 13 de fevereiro de 2025, que apontava a produção mensal de 30 toneladas de camarão sem qualquer autorização.
Documentos enviados à Agevisa em 7 de março relatavam ainda que cerca de 30 funcionários atuavam sem carteira assinada, EPIs ou ambiente adequado para refeições.
O MPT destacou más condições de trabalho: pisos escorregadios, iluminação inadequada e resíduos despejados no Rio Sanhauá, causando mau cheiro e danos ambientais. Funcionários eram obrigados a trabalhar mesmo doentes, sem garantia de vale-transporte ou pagamento em caso de afastamento médico.
A empresa operava em uma residência às margens do mangue e comercializava os produtos em veículos sem refrigeração e sem emissão de notas fiscais.
A Agevisa informou que os próximos passos incluem análises técnicas para definir o destino final dos alimentos apreendidos.
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