Corpo de idoso vítima de bala perdida é velado na PB em meio à revolta da família: ‘Poderia ter pegado em qualquer um’


Raimundo Nonato do Carmo Santos foi atingido por engano durante uma troca de tiros entre policiais e suspeitos de um assalto. Perícia vai indicar de onde partiu o disparo. Renato Renan, filho do aposentado assassinado na Grande João Pessoa
TV Cabo Branco/Reprodução
Está sendo velado ao longo desta terça-feira (13) o corpo de Raimundo Nonato do Carmo Santos, o aposentado de 67 anos que foi atingido por uma bala perdida durante uma troca de tiros entre policiais militares e dois homens suspeitos de assalto. O crime aconteceu nessa segunda-feira (12), em Bayeux, na Grande João Pessoa.
O velório vem sendo realizado numa central funerária localizada em frente à Prefeitura de Bayeux e o enterro acontece no Cemitério de Várzea Nova. Nas primeiras horas desta amanhã, o que prevalecia era a consternação da família da vítima, que exige respostas e apela pelo que chama de “clamor popular”.
“Eu não encontro paz no meu coração. Eu quero saber o que aconteceu. Aqui, onde tem muita gente passando, a polícia atirou. Poderia ter pegado em qualquer um. Isso não poderia ter acontecido”, desabafou Renato Renan, filho de Raimundo Nonato.
Ele explica que quer saber da perícia que vai ser realizada pela Polícia Civil da Paraíba de onde partiu o tiro, mas que independente disso acha muito estranha a ação da PM. “Não pode atirar assim numa rua tão movimentada”, resumiu.
Polícia Militar no local onde homem morreu vítima de bala perdida em Bayeux
TV Cabo Branco/Reprodução
Raimundo Nonato deixa esposa e dois filhos. Renato Renan afirmou que sua mãe tem problemas de saúde e está em choque com a morte do marido.
“Estou em desespero. Tentando consolar minha mãe, que está em choque. Estou segurando o choro para não abalar minha mãe. Acho que isso é uma coisa que poderia ter sido evitada. Foi duro passar duas horas lá no local do corpo e ninguém dizia nada. Eu tô me questionando como isso pode ter acontecido”, finalizou.
O estudante Renato Silva Santos definiu o pai como um homem feliz, que estava sempre cantando e que decorava todos os versículos da bíblia. Ainda segundo o filho, o idoso tinha a doença de Parkinson e aproveitava a aposentadoria para descansar e ter um lazer.
“Ele estava passando por um problema de saúde, mas estava enfrentando como o guerreiro que ele era”, afirmou o filho.
Raimundo Nonato do Carmo Santos tinha saído de casa para comprar um remédio numa farmácia e andava pela calçada quando foi surpreendido por uma troca de tiros que, segundo a PM, acontecia entre policiais e suspeitos. Um dos tiros atingiu o idoso, que morreu na hora.
Uma perícia vai ser feita e tem 30 dias para apontar se o tiro partiu dos policiais ou dos suspeitos do roubo.
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